Joacine é um flop
Joacine é um flop.
Com todo o respeito democrático pelos milhares de portugueses que a sentaram no Parlamento português, Joacine é um flop. Começa logo pela postura egocêntrica que demonstrou desde o primeiro dia, uma linguagem corporal claríssima de deslumbramento e esquecimento de que o lugar onde está sentada não é seu mas de todos os que votaram em si, e foram muitos – o lugar dos eleitos é do povo, e é uma cadeira que deve ser honrada e não usurpada. Também um certo pico a vedeta deixava antever largamente que Joacine, a deputada escoltada dentro da perigosíssima Assembleia da República, chegara para arrasar, só que da pior das formas, brilhando um brilho baço de deslumbramento, pouca prudência e nenhuns caldos de galinha.
Depois, e jamais menosprezando Joacine pelo seu handicap, nunca me pareceu que aquela peça encaixasse num puzzle onde a oratória é o ponto alto da festa – ver a deputada discursar é penoso e incomoda, e fui acometida mais do que uma vez de uma vontade heroica de a salvar do tormento.
A anos-luz de gastar um minuto a olhar para a cor da sua pele ou a pesquisar a sua origem, que não me importam absolutamente para nada porque defenderei eternamente que somos todos seres humanos independentemente da latitude onde calhou nascermos, Joacine não me deixou esquecer um minuto sequer destes factos, numa atitude tão auto-discriminatória e autofágica que a nós nos matou primeiro de espanto e depois de tédio, e a ela a condenou a um lugar pequenino na história de uma democracia que a quis mas que ela não soube querer.